segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

UM PROPÓSITO PARA A NOSSA VIDA - Meditação

UM PROPÓSITO PARA A NOSSA VIDA



“Eis que na palma das minhas mãos eu te gravei…” – Isaías, 49:16
              “Nunca te deixarei nem te desampararei…” – Josué, 1:5



   Quantas vezes achamos incrível a história do sacrifício do Calvário, e não compreendemos esse Amor inigualável, que levou Jesus a oferecer-se em sacrifício substitutivo por nós! …
Não entendemos o porquê, nem a natureza desse Amor, que ultrapassa a nossa compreensão humana, tão limitada, apesar do nosso grau de inteligência de seres criados, segundo as próprias palavras divinais, “à Sua Imagem e Semelhança”…
É que, desde um remoto começo da Humanidade, e através dos tempos, o ser humano foi afastando-se cada vez mais de Deus, seu Criador, embotando o seu entendimento, na busca infrutífera de razões erradas para a sua própria existência…
Qual o verdadeiro significado e qual o verdadeiro motivo da vinda de cada um de nós a este mundo? Tema tão profundo dá “pano para mangas”, à luz das numerosas filosofias que grassam no mundo!
Todavia, aquele que, sem complicar a sua mente, como uma inocente e pura criança, aceita as explicações bíblicas para essas perguntas, ainda que, de início, não compreenda bem o Amor Divino, acaba por, com a preciosa ajuda do Espírito
Santo, ter resposta para as suas legítimas interrogações… Afinal de contas, todos temos o direito a saber o que aqui viemos fazer (ao mundo), e como é possível relacionarmo-nos com Deus, nosso Criador.
Às vezes, pensando no sacrifício terrível a que Jesus foi sujeito, na sua Ressurreição, nas Suas palavras, cujo significado mais profundo, por vezes, nos escapa, Deus vem, benevolamente, auxiliar a nossa mente e a nossa fé, com respostas tais como estes versículos acima citados, e com tantos outros, ou directamente falando ao nosso coração e ao nosso entendimento com as palavras momentâneas que precisamos, nesses momentos, de ouvir…
Para quem, habituado a meditar nas coisas profundas da existência, já se acostumou a ouvir a Voz de Deus trazer-lhe à mente e ao coração os temas mais inesperados, para neles meditar, recebendo esclarecimentos concretos e exactos, rápidos, surpreendentes e, também, sempre certos, há pormenores na Palavra que, ao lê-la, ou ouvi-la, se tornam claros, evidentes, de uma lógica simples, indubitável.
É o caso do que me acontece pessoalmente, não poucas vezes, dependendo da minha maior ou menor receptividade momentânea à Voz do Altíssimo, meu Mestre Único e Excelente.
Habituei-me a deixar que, em certos momentos como esses que refiro, Deus ponha, também, ao alcance do meu raciocínio normal, essas questões, as quais referi acima.
Num desses momentos felizes em que, aberto e disponível o meu coração, deixei Deus falar-me, através da Sua Palavra escrita, e esse primeiro versículo me foi posto diante dos olhos, todo um encadear de pensamentos dele decorreram, em consequência da minha atitude receptiva.
Como é que Deus me diz que me gravou na palma das Suas Mãos, e que quer Ele dizer-me com isso? Pois, nada mais, nada menos do que o seguinte:
- Jesus ama-me, ao ponto de pagar com o preço de Sua Crucificação, por tudo aquilo que tenho feito, e que me levaria à perdição espiritual, à morte eterna… A minha vida está paga, comprada pelo Seu Sangue, e a memória disso, diria quase o “recibo” ou “comprovativo” dessa aquisição feita por Jesus, são as marcas indeléveis, eternas, inequívocas, desse Seu Sacrifício, nas Suas Mãos!
Se Ele, Jesus, tem a memória desse Seu Sofrimento por mim nas Suas Mãos, para sempre, impossível de apagar, de desfazer-se, como não poderá Ele dizer, tão claramente, “na palma das Minhas Mãos te tenho gravado”?
E, decorrendo desse raciocínio, claro como água, vem o seguinte: se me tem Jesus gravado(a) nas Suas Mãos, como poderia Ele, alguma vez, esquecer-se de mim, do Seu Amor por mim, a ponto de deixar-me ou desamparar-me, Ele, que afirma, com toda a exactidão e razão, que é “a Verdade, o Caminho, e a Vida” (João, 14:6)?
Para além disso, ocorre-me este pensamento maravilhoso: Jesus, para ter voluntariamente pago tão duro e alto preço pela minha salvação, ama-me certamente mais do que eu alguma vez possa tentar comparar ou entender! Quem ama assim, de modo eterno, e sem engano possível, sem arrependimentos de Sua parte, jamais vai deixar de querer dar-me tudo aquilo que sabe que eu necessito, para ser feliz em minha existência, quer na Terra, quer longe, na Eternidade!
Jamais esse Amor Puro e Verdadeiro, sem par, o de Jesus, poderá desiludir-me ou fazer-me, alguma vez, sofrer por abandono ou ausência…
Então, começo também a pensar que quem ama gosta de ser retribuído… De que forma posso retribuir o Amor do meu Senhor por mim? A resposta, clara e inefável, encontro-a no 1º dos 10 Mandamentos da Lei de Deus: -“Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças” (Jesus cita-o, com estas palavras, no Evangelho segundo São Marcos, capítulo 12, versículo 30). É possível, realmente, amar assim a Deus? Sim, é! A partir do momento em que começamos a entender estas coisas, a entender o Seu Profundo e Inigualável Amor por cada um de nós, todo o nosso ser começa a ansiar pela Sua Bendita Presença em nossa vida! Começamos a desejar que nada, mesmo, nos possa afastar d’Ele alguma vez!
E começamos assim, a abrir a porta do nosso coração, para deixá-lo entrar, e a construir, também, a nossa relação pessoal com Ele, coisa que só cada um de nós, estritamente em comunhão com Deus, poderá fazer por si próprio, pois mais ninguém o pode, alguma vez, fazer. E então, temos, na alma, no espírito, a marca indelével, também, do Seu Amor por nós! E a nossa vida passa a ter sem dúvida alguma, sentido e propósito bem definidos, diante de tanta confusão e ignorância ao nosso redor! Esse propósito é viver de um modo que glorifique o nosso Criador, e também dar a conhecer esse propósito a outras pessoas, dar-lhes a conhecer esse Deus Único que é a Razão Máxima da nossa existência, e da delas. Saber e dar a conhecer a Verdade Divina e Eterna que pode tornar os outros felizes também.

Nely



                                                   (Manuela Ramires ou Manuela Helena)


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