sexta-feira, 13 de junho de 2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
"O ANJO DE PEDRA" - Conto retirado do meu livro "Transcendências"
O
ANJO DE PEDRA
Olhando uma vez
mais para o esboço do retrato dela, ele foi continuando a talhar o bloco de
pedra, que ia, pouco a pouco, tomando forma. O rosto da estátua já estava quase
todo pronto. Faltava, ainda, por trabalhar, o
corpo, que não estava completo… Se continuasse a trabalhar com afinco,
durante tantas horas diárias, a escultura ficaria pronta dentro de pouco tempo…
Parou uns
instantes, limpando, com as costas da mão o suor que pingava do rosto,
abundante. Estava-se no Verão. A tarefa era árdua. Mas não queria demorar-se
muito com aquele trabalho, feito por conta dele mesmo, uma vez que tinha para
além disso, uma encomenda, para uma galeria local, de uma colecção de quadros.
Estes iriam figurar numa exposição que, dentro de poucos meses, iria decorrer…
E ele queria ter isto já pronto nas próximas semanas… Devia isso à sua própria
consciência…
Alexandra pousara
para ele durante horas sem fim … Haviam sido tão felizes, juntos! Ele havia-lhe
dito que ela merecia servir de modelo para uma bela estátua… Ela rira-se,
achando piada, mas sem levar a sério as suas palavras… Ele insistira e ela
consentira em pousar para ele… Vestira-se de várias maneiras, e até pousara
nua… Mas, entre os vários retratos dela, aquele
de que ele mais gostava, era um em que ela figurava vestida com uma
longa túnica branca, de amplas mangas…
Ela deixara o cabelo solto pelos ombros, com os seus caracóis louros acinzentados, a tocar
na túnica de alva brancura, com os seus doces olhos verdes de meiga expressão,
e o rosto bonito, de feições gentis. Parecia um anjo, naqueles momentos em que
pousava… Alexandra era mesmo linda! Eles haviam sido amigos de infância, e ele
assistira, ao longo dos anos, à transformação que nela se operara… da terna e
alegre criança de cabelos em saca-rolhas, que com ele partilhara tantas horas
felizes de brincadeiras, à jovem cujo retrato ele havia feito no papel… Até
pintara quadros em que ela lhe havia também, servido de modelo… haviam-se
casado quando ela fizera vinte anos… Já havia dois anos desse acontecimento…
Era o retrato dela
com a túnica, o que ele havia escolhido, para esculpir, havia pouco tempo… às
vezes, em momentos de íntimas ternuras, chamava-lhe “Meu anjo”… Ela sorria-lhe
e respondia-lhe baixinho: “Não sou nada um anjo!... Não me chames isso!” Mas
ele insistia: “Tu és tão bela, tão doce… por isso, te chamo meu anjo!”
Lágrimas amargas
correram dos seus olhos… Havia seis meses atrás, Alexandra morrera, vítima de
uma doença rara, galopante…Logo depois disso, ele metera na cabeça realizar
aquela escultura como homenagem…
Os meses passaram…
A estátua ficara pronta e, para uma homenagem derradeira, acabava de ser
colocada junto à campa rasteira, de mármore, no cemitério. Naquela parte do
cemitério, não havia mais nenhuma estátua. Alguns familiares da sua jovem e
falecida esposa quiseram assistir a essa homenagem-surpresa… Ali se
encontravam, também, os pais e irmãos dela… A estátua estava tapada com um
pano, aguardando alguns discursos e a leitura de poemas por parte de algumas
pessoas amigas.
Rodolfo destapou,
então, a estátua, que levara algum tempo a realizar…
Exclamações de
assombro se fizeram ouvir… pois a figura de pedra que ali havia sido fixada, em
tamanho natural, branca como a neve, era a de um anjo lindo, de asas abertas, braços
estendidos para a frente e cabeça erguida, rosto sorridente… e esse rosto
continha a expressão, esculpida na perfeição, da sua amada Alexandra…
Passado o primeiro
momento de assombro, as pessoas presentes concordaram que a estátua estava
perfeita, era linda, e refletia perfeitamente o que a jovem tinha sido em vida:
um verdadeiro anjo… e como um anjo, a sua estadia neste mundo havia sido breve…
De regresso a casa,
exausto, estendeu-se, por momentos, no sofá da sala deserta. Adormeceu, involuntariamente,
pois nos últimos dias, trabalhara intensamente e dormira pouco…
Encontrou-se, sem
saber como, num campo florido, cheio de
sol, e viu vir direito a si um vulto todo branco, luminoso, cuja túnica alva
esvoaçava. Vinha mesmo direito a ele! Quando o vulto ligeiro e feminino chegou
perto, parou, ficando numa posição e numa atitude diferente, estranha… Ele
aproximou-se. A figura, que lhe parecera viva, transformou-se em pedra.
Assustado, surpreendido, viu que a pedra era apenas aparente, como uma estátua
que ganhasse, de repente, vida! A cabeça moveu-se. Asas se lhe abriram, um
braço se ergueu na sua direcção. Ele recuou, sob o choque. Os olhos fixaram-no,
enquanto a boca se abriu para falar-lhe e foi então quando reconheceu o rosto
de Alexandra, em vez do rosto de pedra, de feições indistintas que vira
primeiro.
Ouviu e reconheceu
a sua voz meiga e triste:
- Rodolfo! Porque
fizeste esta estátua? Porque me quiseste aprisionar num bloco de pedra? Eu
disse-te, tanta vez, que não era nenhum anjo! Agora, que sem amarras
terrestres, eu poderia ser feliz, estás a prender-me a alma neste lugar
desditoso!
De facto, à volta
da figura que lhe falava, viam-se, subitamente, campas com cruzes…
A figura desvaneceu-se de diante dele, e
viu-se diante da escultura que inaugurara, umas horas atrás. O rosto do anjo
continuava idêntico, mas de repente, ficou sério, e lágrimas grandes rolaram
pelo rosto de pedra, que o fixava…
Rodolfo agitou-se,
aflito… acordou…
- Meu Deus! O que
foi que eu fiz? Realmente, não devia! E agora, como vou remediar isto?
O mal estava feito! Não podia, agora, ser já alterado…
- Perdoa-me,
Alexandra! Perdoa-me por amar-te deste modo, demasiado! Perdoa-me, meu amor! E
agora, que posso fazer?
A sua pergunta
ficou, naquele momento, sem resposta…
Porém, ao voltar a
adormecer, nessa mesma noite, após várias horas de desassossego, voltou a ter
sonhos estranhos… viu-se a chegar diante
da campa de Alexandra, mas quando olhou para o anjo, este tinha o rosto
mutilado, marcado por grossos veios semelhantes
aos de lágrimas que escorressem… A expressão alegre que esculpira nas feições
de pedra tinha desaparecido…Uma das asas estava quebrada… as vestes de pedra
mutiladas em várias partes… A voz de Alexandra soou, triste e suave, no meio da
sua desoladora solidão:
- Rodolfo, suplico-te,
destrói esta estátua! Antes que seja tarde de mais! Quebra este anjo! Agradeço
a tua intenção! Sei que foi por amor que o esculpiste… Mas não deves
representar-me desse modo! Retira este anjo de pedra daqui! Por favor! Suplico-te!
Voltou a acordar,
cheio de um suor gelado… Sentiu como se Alexandra tivesse realmente estado ali… Julgou sentir uma
baforada leve, tal como um pequeno resquício, do perfume favorito dela, a
passar junto do seu rosto… Olhou para a cómoda, frente à cama… Sobressaltou-se:
o frasco de perfume de Alexandra ali estava, como sempre, pois ele não o havia
tirado dali, mesmo depois de ela partir… Mas estava destapado, no meio da
superfície de cima da cómoda, coisa que não era normal. Havia meses, desde a
morte da jovem, ninguém tocava nesse frasco de perfume, nem em nada dela, por
uma questão de respeito. Outro indício: a escova com que ela, durante muito
tempo, se penteara, e que costumava estar na casa de banho, encontrava-se ao
lado do frasco de perfume! Ele ergueu-se, sentindo ainda o perfume e vendo que
a escova tinha cabelos dela ainda presos, o que também não era normal, pois ele
via essa escova todos os dias, na casa de banho, arrumada junto com outras,
numa caixa própria, sempre limpa… como ela a havia deixado!
-Alexandra!
Querida! Estiveste… ou ainda estás por aqui! Prometo-te que hoje, mesmo, vou
tratar dessa infeliz escultura! Prometo-te, repito! Mas que ideia peregrina eu
tive, ao esculpir esse anjo!Juro-te que o destruirei!
Quando ele passou pelo
corredor para se dirigir à cozinha, viu que um pequeno bibelot de marfinite
pintada, que era dos favoritos de Alexandra e que representava precisamente um
anjo em miniatura, e que ela própria havia pintado em tempos, estava tombado no
chão, partido em vários pedaços… lembrava-se agora de ter ouvido um ruído um
bocado distante, como o da queda de um objecto, no meio do seu sono, durante a
noite… A mensagem era clara: Ela rejeitava agora, onde quer que se encontrasse,
qualquer representação angelical!
Era bem cedo e
decidiu sair, antes que começasse a vir muita gente, dirigindo-se ao cemitério, para falar de
imediato com o responsável. Sendo ele próprio o proprietário daquele talhão
novo onde se encontrava a campa de sua esposa, e sendo ele o autor da escultura,
o encarregado do lugar não estranhou, quando Rodolfo lhe disse que tinha de
levá-la, pois tinha de lhe fazer alterações. O homem, solícito, ainda o ajudou
a desmontar e carregar a linda, mas malfadada escultura, para o cofre do seu
carro, no qual havia sido trazida para ali, dias antes. Se a família dela
perguntasse algo, sobre esse assunto, a
resposta seria a mesma que havia servido para o encarregado. Pelo menos
provisoriamente… Um dia explicaria a verdade aos seus familiares, pois sabia
que tinham o direito à verdade acerca desse assunto…
Afastando-se dali
com o carro, Rodolfo guiou, determinado, para fora da cidade. Queria ir para um
sítio ermo, junto à Natureza, onde ninguém o perturbasse, na execução da tarefa
final que tinha a cumprir para com Alexandra, respeitante à escultura, e que
não ia ser nada fácil! Mas era a última vontade de sua amada, e ele tinha de
cumprir a promessa feita na véspera, e na própria manhã, ao acordar.
Após guiar durante
alguns quilómetros, chegou perto de um pequeno monte, junto a uma cascata. Era
um lugar deserto. Parou o carro, estacionando-o de modo a poder extrair sem
problemas a estátua. Abrindo o cofre do carro, apanhou um par de cordas,
grandes, grossas e fortes, que trouxera com ele. De modo engenhoso, conseguiu
envolver e prender a estátua, com as referidas cordas, puxando-as a seguir para
fora.. Após um bocado de esforço intenso, conseguiu, finalmente, que o anjo de
pedra ficasse no chão. Parou uns instantes, para retomar fôlego. Depois, voltou
a pegar nas extremidades das cordas, puxando-as, andando para a frente, parando
e recomeçando até ter saído da beira da estrada para uma clareira, no meio das
árvores. Algum tempo tinha decorrido desde que saíra do cemitério, rumo ao
campo…Mas ele sabia que não voltaria para casa antes de concluir o que tinha em
mente…
No meio da
clareira, deixou a escultura branca, voltando ao carro, que não estava longe.
Tinha de ir buscar alguns objectos, inclusive ferramentas, para levar a cabo o
ritual que tinha em mente. Ele já lera algo a respeito de rituais para certas
situações e esperava conseguir levar este a cabo!
Depois, com as
ferramentas, propunha-se despedaçar toda aquela obra de arte, que executara com
tanta perfeição, tão árduo trabalho, e tanto amor!Mas o amor que ainda sentia
por Alexandra era maior, e devia levar avante aquele plano final para libertar
a sua alma que ele, involuntariamente, prendera naquela escultura. Ele desejava
que ela fosse totalmente livre, e voasse, feliz e liberta para o Céu… Quando
voltou, finalmente, e com o anjo erguido com esforço, em pé no meio do terreno,
começou a diapor velas, um queimador de
incenso e outras coisas necessárias para
dar ínicio ao ritual, em volta da estátua, tal como vira num livro de rituais, que trouxera
consigo. Acendeu as velas e o queimador de incenso, e começou então a dizer as
frases que ia lendo nesse livro, para esse efeito… À medida que ia falando,
audivelmente, viu como uma névoa ir saindo de dentro da estátua… Quando a ladainha ritual acabou, essa névoa deteve-se
perto da estátua, e ele apercebeu-se que tomava a forma de uma pessoa… Ficou tal
e qual com a aparência em vida, do vulto querido de Alexandra, e disse-lhe, devagarinho e a sorrir, o seguinte:
-Obrigada, meu
amado Rodolfo! Finalmente, estou livre!Fui imensamente feliz contigo! Não
chores por mim! Segue a tua vida! Eu também vou ser feliz, lá em cima, onde já
sou esperada por Aquele que me concedeu a vida aqui e me vai conceder, agora, a
vida eterna, por sempre ter crido n’Ele ! Adeus, meu amor!
- Adeus, Alexandra,
querida! Farei o que me pedes! Adeus!
Então, com um gesto
de aceno, o vulto querido foi-se afastando dali, lentamente, e depois, foi subindo
lentamente, e perdeu-se de vista no ar…
Quando deixou de
ver o vulto amado, Rodolfo pegou num machado e começou, finalmente, a destruir
a sua obra… Levou algum tempo, mas conseguiu o pretendido. Depois,com uma pá, fez uma cova suficientemente larga e funda
para onde fez cair os muitos destroços de pedra… A tarde avançava já. Cheio de
suor e de pó, dirigiu-se à cascata e lavou-se, mergulhando no jorro da água
fresca.
Depois disso,
cansado, mas aliviado, pelo dever cumprido, sentou-se atrás do volante. Comeu
alguns alimentos, que havia trazido consigo, pois não se alimentara antes. Só
depois disso, pôs o carro em marcha, para regressar a casa. Agora, teria de
seguir com a sua vida em frente, como Alexandra lhe pedira. Mas guardá-la-ia no
seu coração para toda a vida!
FIM
Nely, Abril de 2014
PÁSCOA - O seu verdadeiro significado e alcance - Meditação
“P
Á S C O A - O seu verdadeiro significado e alcance”
Páscoa : a segunda, mas não
menos importante festa para os cristãos. (A
primeira é o Natal!)
Debrucemo-nos sobre o seu
significado mais profundo … Ora, vejamos:
Leiamos o capítulo 12 do
Evangelho segundo S. João. Diz-nos que Jesus acabara de chegar a Jerusalém, com
os seus discípulos, e de ser recebido com aclamações e palmas. (Versículo 12 e
seguintes). Ele aparece em Jerusalém precisamente antes da Páscoa dos judeus.
(Versículo 1)
Um pouco mais adiante, no próprio
dia em que iria haver essa celebração em toda a nação de Israel, Jesus manda
alguns dos seus discípulos preparar a ceia da Páscoa, para comerem em conjunto.
(Conforme nos diz o Evangelho de S. Lucas, no capítulo 22, versículos 7 e
seguintes).
O que era a Páscoa, para os
judeus? Era a festa celebrada, anualmente, por tradição, por eles, e por
mandamento expresso de Deus, desde o tempo de Moisés, afim de que recordassem e
ensinassem a seus filhos e gerações vindouras, que Deus os havia libertado da
escravidão do Egipto. (Conforme nos diz o Livro de Êxodo, capítulo 1,
versículos 6 e seguintes; capítulo 3, versículo 7 e seguintes; restantes
capítulos e capítulo 12, completo)
1º Ponto importante: Porque
é preso e crucificado Jesus, precisamente durante essa época festiva?
A Páscoa tradicional judaica apontava
precisamente para o que iria suceder com Jesus, e o seu porquê. Conforme
lemos no livro do profeta Isaías, desde o capítulo1, Israel deixou de obedecer
ao Senhor (versículos 3 e seguintes). Então, Deus promete que exercerá
juízo e ensinará a sua Lei desde Jerusalém ( capítulo 2, versículo 3 ) .
Vejamos a profecia que o profeta
Isaías nos dá, no capítulo 7, versículos 14 e seguintes, sobre a vinda do
Messias, ou seja, Jesus. O cumprimento dessa profecia acontece e é relatado, e
a profecia lembrada, no Evangelho de S. Mateus, capítulo 1, versículos 18 a 25.
O Evangelho segundo S. João
também nos mostra, no capítulo 1, João Baptista a fazer referência ao profeta
Isaías, no versículo 23, ao identificar-se perante os sacerdotes e levitas:
-“Eu sou a voz do que clama no deserto:
Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”
2º Ponto importante: Para quem
é a Salvação em Jesus?
Se voltarmos atrás, nas páginas da Bíblia
Sagrada, vamos ver, no Livro de Génesis, que a salvação prometida por Deus,
para o seu povo, através de Jesus, não é só destinada a Israel, pois Adão e Eva
receberam a mesmíssima promessa, após o pecado original. (Génesis, capítulo 3,
versículos 14 e 15).
Quem é a “semente da mulher”?
É Jesus! Porquê “semente da mulher”? Porque, como nos diz o Evangelho de S.
Lucas, no capítulo1, versículos 34 e 35, Maria, sua mãe, era virgem, e Jesus
seria nela gerado pelo Espírito Santo.
Isaías já o havia apontado como o
Messias, como o Salvador, que salvaria o povo dos seus pecados.
No Evangelho de S. João, João
Baptista, ao encontrar-se frente a frente com Jesus, saúda-O, identificando-O
como “ Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
O cordeiro que os judeus
preparavam para comer na Páscoa, desde a saída do Egipto, lembrava a
libertação, o perdão dos pecados do povo de Israel, mas apontava já para o
sacrifício único de Jesus, na Cruz do Calvário, em favor de toda a humanidade.
Quando Abraão subiu ao Monte
Moriá, com seu filho Isaac, a mandado de Deus, com a finalidade de provar a sua
obediência, Deus não pretendia que Abraão, na realidade, sacrificasse o seu
único filho . Vejamos o que respondeu Abraão a Isaac, quando este perguntou “
onde está o cordeiro para o holocausto?”
Abraão respondeu : -“ Deus proverá para Si o
cordeiro para o holocausto .” Mais adiante, vemos precisamente que Deus fez
isso mesmo.(Conforme podemos ler em todo o capítulo 22 do Livro de Génesis )
3º Ponto importante : O
cumprimento das profecias com relação à
crucificação, morte e ressurreição de Jesus :
No Livro de Actos dos Apóstolos,
o Apóstolo Pedro faz referência a diversas profecias que se cumpriram com a
crucificação de Jesus:
1ª) – “No Livro de Salmos está
escrito : Fique deserta a sua habitação”… Isto refere-se ao suicídio de Judas ,
o traidor . (Veja-se o Livro dos Actos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos 15
até 20.)
2ª) –“Mas isto é o que foi
dito pelo profeta Joel .”Vejam-se os versículos 16 e seguintes, do mesmo
capítulo do Livro de Actos dos Apóstolos. (profecia referente ao derramar do
Espírito Santo sobre todas as pessoas, depois de Jesus ascender ao Céu, após a
Sua ressurreição, no Livro do profeta Joel, capítulo 2,versículo28.)
3ª) – “Pois não deixarás a
minha alma no Hades…” – O Hades era o Inferno, e esta profecia é da autoria de
David, no Livro de Salmos, e refere-se a Jesus.( Pedro diz isto, no capítulo 2
do Livro de Actos, no versículo 27.Leia-se todo o capítulo 2 do mesmo livro,
para confirmar.)Essa profecia encontra-se no Livro de Salmos, no capítulo 16
,versículos 9 e 10 )
4ª) – “Ele é a pedra que foi
rejeitada por vós, os edificadores …” – Veja-se o capítulo 4 , versículo 11,
que nos reporta ao Livro de Isaías, , capítulo 43, versículo 11, com a
respectiva profecia.
O próprio Senhor Jesus, após ressuscitar,
apareceu aos seus discípulos, no Cenáculo, e disse-lhes
“ Assim está escrito e assim
convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos …”
( Veja-se o Evangelho de S. Lucas, capítulo 24, versículos 46 e 47 ) . O Senhor
refere-se aqui à profecia do profeta Oséas, no Livro de Oséas, capítulo 6,
versículo 2 .
4º Ponto importante :
Conclusões a tirar desta exposição:
Como vemos, todo o Antigo
Testamento está cheio de profecias a indicar a vinda de Jesus ao mundo, e a sua
finalidade. Vemos, no Novo Testamento, o cumprimento de todas essas profecias,
confirmadas e explicadas por Jesus e seus discípulos .
Então, que podemos concluir de
todo este estudo ? – Que a Páscoa verdadeira, segundo a Bíblia, diz respeito a
todos nós, e não tem nada a ver com as práticas pagãs de celebração da
Primavera, nem de ofertar seja o que for.
Mas, se quisermos ofertar alguma
coisa a alguém, que nos possamos lembrar, em primeiro lugar, de lhe mostrar que
Páscoa é Salvação, e que Jesus no-la oferece grátis ! Ofereçamos, então, aos
nossos queridos, ou a outrem, informação bíblica que leve as pessoas a Jesus,
para receber a Salvação!
É esse, também, o mandamento do
Senhor : - “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” ( Veja-se o
Evangelho segundo S. João, no capítulo 20, versículo 21, e o Evangelho segundo
S. Lucas, capítulo 24, versículo 47 : -“ E em Seu Nome se pregasse o
arrependimento e remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
Jerusalém .” E ainda :-“ Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a
criatura .” (Veja-se o Evangelho segundo S. Marcos, capítulo 16, versículo 15)
. Obedeçamos, pois, ao Senhor !
Espero que tenham gostado desta meditação! Desejo Páscoa Feliz a todos!
Manuela Helena
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