segunda-feira, 30 de abril de 2012

Francisco - Bandera blanca

APELO - (POEMA EVANGÉLICO MEU)

«Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.» - Mateus, 11:28

               
                       
                             Apelo



Tu, que choras a Terra moribunda,
Destruída dia-a-dia, sem cessar,
Sabe que a esperança abunda,
Se n’ Ele quiseres acreditar.

Ele é o Real Príncipe da Paz*,
O Lírio dos Vales*, que te chama;
Aquele que água viva traz,
Para todos os que ama…

Se estás cansado de sofrer,
Se gastaste com lágrimas o rosto
- Vem à fonte d’ água viva beber,
Esquece para sempre o teu desgosto.

Suas divinas mãos, ensanguentadas,
Estão para todos estendidas.
Ele te dará forças renovadas,
Fará que mágoas sejam esquecidas.

A Rosa de Saron*, de doce aroma,
Ainda, agora, está à tua espera…
Quando alguém Suas mãos toma,
Transforma em realidade o que é quimera.

Se sonhas com brancas bandeiras,
A todos os ventos, sendo agitadas,
Digo-te: - Cristo é a única maneira
De ver todas as guerras terminadas.

Podes enfim gritar: « Jeová-Nissi **»!
Ao levar de Cristo o estandarte!
Pois o Senhor busca-te a ti,
Para, em seu exército alistar-te…

Segue sem medo a Estrela da Manhã*
Maravilhosa e Clara Luz Divina!
Essa caminhada não é vã,
Pois à Salvação se destina!

O Leão da Tribo de Judá*,
Se quiseres lutar ao seu lado,
Uma forte espada te dará,
E o inimigo já está derrotado.

Com Ele, para sempre, vai reinar
Todo aquele que o quiser seguir.
Apressa-te de a Ele te entregar,
Pois breve, a buscar-te, Ele vai vir!


Nota: * -Todas essas designações assinaladas com asteriscco são títulos bíblicos atribuídos ao Senhor Jesus.
** - Essa é uma expressão hebraica que significa : O Senhor é a minha bandeira.

Nely

(Do meu livro de poemas evangélicos"Renascer- Poemas Evangélicos")

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Gonçalo Salgueiro /**Alma Minha Gentil**/

PARTILHA

Mostras-me recantos luminosos, de parques e jardins, com árvores, verdura, bancos, água, uma estátua...
Tesouros escolhidos, para a tua experiente objectiva, paixão que te habita desde sempre...
Passeio ao sabor de um clique aqui, outro ali, nas tuas fotos, podendo apreciar tudo isso, ainda que à distância, dessas vistas maravilhosas que me apresentas, num ímpeto generoso de partilha!
Como agradecer tanta gentileza? Não sei! Se comento, entre o desejo de mostrar o meu apreço e contentamento, não passo, porém, sem lançar, aqui e ali,  alguma exclamação jocosa, motivada por poses que te apraz tomares para a foto...
És mesmo engraçado a posar, sabias? Quando vejo essas brincadeiras tuas, não posso evitar sorrir... Boa disposição é algo contagioso, pois!
De qualquer forma, são pequenos momentos felizes que surgem de uma partilha tua, quando queres dar-me a conhecer aquilo que encontraste e gostaste; é o que se faz à arte!
Por isso, agradeço-te do fundo do meu coração e envolvo-te num abraço efusivo que tu sabes receber!
Obrigada, Jorge!

Nely

POEMA DESILUDIDO

A uma vida incompreensiva,
Em cruz de vida, vivendo,
Eu dedico estes versos,
Que Deus me vai concedendo.

Tu foste uma vida adorada,
Que eu defendia, sofrendo;
Não queria perder-te por nada,
Por tua morte sempre temendo!

Ia vendo todo o teu sofrer,
Com pena em meu coração;
Mas tu nunca soubeste entender
Esta minha sôfrega intenção.

Foste traindo e magoando
Quem, no mundo, tanto te amava!
E eu, triste, desiludida,
A pouco e pouco, o observava!

Por isso, hoje, desabafando,
Ponho tudo isso no papel,
Do que tenho ido recalcando,
Para que cesse o tropel...

O tropel de desilusões,
De desgostos, que me impuseste;
Com todas as tuas traições,
E o pouco amor que me deste!

Se agora, aqui, te trato por tu,
Foi por perder-te o respeito,
Porque tu puseste a nu
O teu tão grande defeito!

O tão grande defeito de  ser,
Da estupidez, um cheio vaso;
Perdeste, assim, o meu querer:
-Já não faço de ti caso!

Quando é que abres os olhos
Da vida espiritual,
E deixas todos os escolhos
Da cegueira material?

Talvez tenhas  de voltar
A este mundo novamente,
Noutra vida, a expurgar
Tua maldade inconsciente!

Mesmo que queira perdoar
Tua tão grande cegueira,
Não posso impedir-te de penar
O resto da vida inteira!

No dia em que tiveres de deixar
Esta pobre vida terrena,
Eu já não me vou importar:
-Por ti já não sinto pena!


Nely

segunda-feira, 23 de abril de 2012

MEDO DE AMAR

Pensamentos e emoções… Retidos dentro de nós…Quase a explodir…Como vulcões …Calados na nossa voz… Guardados nos corações…A sós…
Gestos por fazer…Palavras por dizer…Aos quais nem nos queremos atrever…Dilema entre o dever e o prazer…Com medo de que eles sejam deturpados…Difundidos…Mal interpretados…Escarnecidos...
Espezinhados…
Medo de expressar o que sentimos…Por muito puro e inocente que possa ser…Medo de, a quem amamos, o dizer…Medo de perder…
Temor de ser achincalhado…De tornar-se, até, para o outro, malvado…Mal intencionado…
Receio de tudo vir a estragar…E ter de, um sentimento nobre, calar…À força, conter-se…Não olhar…Para não se denunciar…O que está dentro, não revelar…Não se atrever, sequer, à outra pessoa, tocar…
Nem um toque de mão …Nem um abraço poder dar…Dilacerando o coração…Faz-nos chorar…Em silêncio, aguentar …Os lábios morder…Para nada dizer… Tremendo sacrifício! …Angústia sem par! Suplício!... Do medo de amar!


Nely

(Do meu livro de Prosas Poéticas "Momentos Líricos")

sábado, 21 de abril de 2012

PAI- NOSSO PARAFRASEADO

“Pai Nosso, que estás no Céu”,
Rasga, da ignorância deste povo, o véu!
“Santificado seja o Teu Nome”:
-Que ninguém, em vão, o tome!
“Venha a nós o Teu Reino”,
Onde o Amor Verdadeiro não é pequeno!
“Seja feita a Tua Vontade, assim na Terra como no Céu”:
-Vem socorrer, ó Pai de Bondade, o povo Teu!
“O pão de cada dia dá-nos hoje, Senhor!:
-Pois dependemos, inteiramente, do Teu Amor!
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”:
-Responde, com a Tua Justiça, aos nossos clamores!
“Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”:
-Ajuda-nos a vigiar em oração, até ao momento final!
Porque Teu é o Reino, e o Poder, e a Glória, para sempre”.
E Tua é, também, a Vitória, eternamente!


Nely

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ressurreição

 Recomendo a leitura prévia do Evangelho de S.João, cap.20, vers.1 a 18, afim de confrontar o conteúdo deste poema com o que está relatado nas Sagradas Escrituras.
Recomendo , também , para completar a sua confirmação, a leitura do Evangelho de S. Lucas, cap. 24, vers.50 a 53

                               RESSURREIÇÃO


Um sepulcro, em Israel, está vazio,
Num horto, perto de Jerusalém.
Mas sei que nesse sepulcro tão frio,
Não está lá sepultado ninguém…

Nesse buraco de pedra escavada,
Puseram Jesus, depois de morrer…
E ao terceiro dia, na madrugada,
Os seus discípulos correram a ver…

A pedra, que o sepulcro selava,
Havia sido, por alguém, removida:
- Jesus já lá não repousava,
Pois havia tornado à Vida!

Já quase dois mil anos se passaram,
Nunca mais ninguém utilizou
Esse lugar escuro, que prepararam,
E que, aberto,para sempre, ficou.

Multidões, em constante peregrinação,
O têem podido, sempre, verificar:
A pedra jaz, ao lado, em exposição,
E a abertura está livre para entrar!

Jesus está vivo, não se pode negar!
Sua Palavra Verdadeira e Fiel se cumpriu:
-Depois de Ele, nesse dia, ressuscitar,
Para junto do Pai, ao Céu, subiu…

E hoje, segue vivo o meu Senhor,
E apesar de que eu nunca o vi,
Posso sentir, Jesus, Teu Grande Amor,
Posso, alegre, viver e confiar em Ti!


É Páscoa, agora, dentro de mim,
Pois meu coração festeja, animado:
-Nesta data, Tu pagaste, assim,
Também o preço do meu pecado!

Nota: este poema foi escrito nos anos 90, daí a referência a “quase dois mil anos”

Nely -  ( do meu livro de poemas evangélicos "Fragâncias")

quinta-feira, 19 de abril de 2012

TRAIÇÃO

“Fique desolado o seu palácio, e não haja quem habite nas suas tendas.”
                                                                         Salmos, 69: 25, 27
“E Jesus lhe disse: “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?”
                                                                  Ev. Lucas, 22: 47, 48
“Ora, o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: “Aquele que eu beijar, esse é.” – Evangelho segundo São Marcos, 14:44
                                            

                                           TRAIÇÃO


Prostrado por terra, o Salvador orava...
De seu rosto, suor de sangue corria...
Sozinho, nessa noite, Ele vigiava,
Enquanto o grupo de apóstolos dormia...

No horto, reinava a mais densa escuridão;
Nenhum ruído se fazia, nessa hora, ouvir.
Jesus, afligido, derramava seu coração,
Nas preces que, ao Pai, estava a dirigir...

Longe dali, Judas, o mísero traidor,
Cuidando que, com isso, algo lucraria,
Acabava de vender o seu Senhor,
E os fariseus, ao pé de Jesus, conduzia!

Chegando-se ao Mestre, como combinado,
Cumprimentou-o com o ósculo traiçoeiro.
E o Senhor Jesus, bastante contristado,
Perguntou-lhe, com pesar verdadeiro:

-É com um beijo que me vens trair?
Judas, porém, nada lhe respondeu...
O Senhor deixou-se prender e conduzir
Pelo ignóbil grupo religioso fariseu

Dali, levado para um falso julgamento,
De onde sabia que sairia para sofrer.
No seu derradeiro e pior tormento,
E numa cruz, trespassado, morrer...

O ganho dessa vil e famosa traição
Em trinta moedas de prata consistiu...
Que fez o miserável Judas, então,
Depois que, ao seu Senhor, ele traiu?

Seguiu, pois, certamente, a espiar,
Para saber, também, como acabaria
A questão que ele vinha de iniciar,
Querendo-se informar do que sucederia...

Ao ver que Jesus era tão maltratado,
E nem, ao menos, se defendia,
Judas, pelo remorso, então, assaltado,
Correndo, as vis moedas, devolvia...

Enfim, e para a profecia se cumprir,
Fugiu, tomado pelo demónio tentador;
Todavia, de nada lhe adiantou fugir,
Pois, a enforcar-se, correu, com horror!

Diz-nos também a Sagrada Escritura,
Que já o seu fim profetizado estava,
E para toda a geração futura,
O aviso, registado, doravante, ficava.

Eis o preço para quem escandalizar:
A ira de Deus, sobre esse ser cairá!
Pois o Senhor o irá duramente castigar –
Na eternidade, a padecer, permanecerá!


Nely

(do meu livro de poemas " Renascer- Poemas Evangélicos")