quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ALERTA

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” – Livro de Provérbios, cap.14, vers.12
“Mas o justo viverá pela fé; e se ele recuar, a minha alma não terá prazer nele.” – Epístola de São Paulo aos Hebreus, cap.10, vers.38.




                                         ALERTA


Oh! Tu, que amas a Cristo,
Conserva-o no teu coração!
Toma todo o cuidado com isto:
Não largues nunca a Sua Mão!

Oh! Tu, que andas na Luz,
De alma cheia e transbordante,
Não abandones o Senhor Jesus,
Para não ficar, para sempre, errante!

Oh! Remido, que O aceitaste,
Um dia, mudando de viver,
Por acaso, tu já pensaste,
Que, sem Ele, vais morrer?

Oh! Tu, que foste escolhido,
Tu que, por Ele, foste chamado,
Ter-te-ás tu já esquecido,
Do rumo que uma vez hás tomado?

Oh! Alma que te desvias,
 Do caminho da Salvação!
Pensa bem, que tu podias
Servir a Jesus, com devoção!

Nely

UM TESTEMUNHO PARA DEUS (Parte VI)

Seu é tudo quanto fazes,
Seu é tudo quanto tens,
Seu é tudo quanto dizes
E são os teus anos também.

Porque, olha, irmão, em verdade,
Sè justo para com Deus,
Se fazes anos na vida,
É através de um espírito seu.

O seu espírito é a luz
A luz que na vida nos guia,
É a luz da nossa paz
Que nos dá à alma alegria.

A alegria de vivermos
Em paz com a consciencia
É termos aluz de Jesus por nós
E de Deus sua clemencia.

Antónia Rosa d´Assunção Cerina (Ensinamentos Espirituais, caderno I)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

MOMENTO VIVO

MOMENTO VIVO





Sou rio correndo para o mar...
Fragância de flor a desabrochar...
Aroma de fruto a madurar...

Cumpro o meu destino de viver...
A mensagem que tenho de escrever...
A missão de amar e compreender...

Olho, a cada instante, ao meu redor...
Descobrindo uma alegria ou uma dor...
Ser humano, animal, pedra ou flor...

Toco nas coisas que tenho sob a mão...
No caderno, onde escrevo, em profusão...
O meu sentir e pensar, com emoção...

 Amo, a meu modo, sinceramente,
Os seres humanos, indubitavelmente,
Como Deus mo concede, humanamente...

Vivo, intensamente, cada instante,
Como único, imperdível, importante,
Insubstituível e precioso, doravante...

Existo, com uma missão determinada:
Aprender e transmitir, na caminhada,
A viver esta vida, que a todos, é dada!...

Nely

HORA IMPREVISTA - (POEMA MEU)


“A hora da partida soa quando...” –  Sophia de Mello Breyner Andressen, 
Antologia, p. 67



HORA  IMPREVISTA



A hora da partida soa, quando,
No mundo, se vislumbra outro amanhã,
E os sonhos vão-se avolumando,
Numa ilusão feliz, mas sempre vã...

A hora da partida soa, quando
Julgamos, mais ainda, poder ter,
Da Vida, que nos foi sempre adiando
O ser feliz, fazendo-nos sofrer!...

A hora da partida soa, quando,
Ébrios da dor deste existir,
Que a Vida nos vem prolongando,
Ainda cremos na ventura que há-de vir!

A hora da partida soa, quando,
Enamorados deste breve instante,
Que o respirar nos vai alimentando,
Esquecemos que a Vida é inconstante...

A hora da partida soa, quando,
Renovada a teimosa esperança,
Continuamos, iludidos, aguardando,
A desejada, e tão feliz mudança!

A hora da partida soa, quando
Nada, mas nada, mesmo, faz prever,
Que o tempo que se vem aproximando,
Vai nossa despedida promover.

Nely

ESPELHISMO

“Toma lá que te dou eu,
Rapariga da fortuna,
Uma mão cheia de nada,
Outra de coisa nenhuma.”
- Popular


ESPELHISMO


Tantas ilusões de amor,
Julgando tocar o Céu!
Como voz suprema, interior:
-“Toma lá que te dou eu!”

Ingenuidade inoportuna,
Levando-me a crer qu’eu era,
Vivendo apenas quimera,
Rapariga da fortuna!

Só por paixões fortes viver,
Sentia-me afortunada,
Afinal, só vindo a ter
Uma mão cheia de nada!

E assim foi-se a mocidade,
Em ilusões, mil e uma:
Uma mão cheia de felicidade,
Outra de coisa nenhuma!...

*Citação encontrada no livro de Irene Lisboa “ Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma”



Nely