“Toma lá que te dou eu,
Rapariga da fortuna,
Uma mão cheia de nada,
Outra de coisa nenhuma.”
- Popular
ESPELHISMO
Tantas ilusões de amor,
Julgando tocar o Céu!
Como voz suprema, interior:
-“Toma lá que te dou eu!”
Ingenuidade inoportuna,
Levando-me a crer qu’eu era,
Vivendo apenas quimera,
Rapariga da fortuna!
Só por paixões fortes viver,
Sentia-me afortunada,
Afinal, só vindo a ter
Uma mão cheia de nada!
E assim foi-se a mocidade,
Em ilusões, mil e uma:
Uma mão cheia de felicidade,
Outra de coisa nenhuma!...
*Citação encontrada no livro de Irene Lisboa “ Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma”
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