sábado, 16 de julho de 2011

SILÊNCIO!

SILÊNCIO!
 
 
Que silêncio é este, que cala e esconde o talento de quem só quis, alguma vez, denunciar a podridão de uma sociedade vil e desumana?
Silêncio, sim, à força! Que os valores mais nobres são abafados, quando tantas almas de poetas ou escritores clamam por eles, sem sequer serem ouvidos…
Porque não importa nada agora, porque não convém…
Porque a mísera ambição e cobiça não se detêm…
Silêncio, agora, ó vós que zombais! É tempo de calar e deixar passar o grito que atroa o ar:
-Liberdade! Amor! Amizade! Fraternidade! Justiça!
Silêncio! Que o riso se tornou esgar, na boca dos que sentem o travo amargo, de serem reconhecidos como cobardes, como inúteis e culpados… E ainda que virem a s costas, persegue-os a consciência, com o peso do remorso inútil e estéril…
Silêncio! Deixem ouvir os Poetas deste país desencantado, onde a Poesia foi desvalorizada, perante uma juventude, de tudo, desmotivada…
Silêncio!...Porque são horas!...Deixem a Poesia passar!
 
Nely 



*Frase/ Título do único livro desse autor, editado pela Junta de freguesia da Fuzeta.Este texto é uma sentida homenagem à sua memória, e à de outros poetas cuja obra tem sido ignorada

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