Os dedos frágeis afrouxam a pressão... escapa-se-lhes o cordel... solta-se o balão... e a criança, surpreendida, eleva os olhos, impotente, vendo o balão subir...
Eleva-se mais e mais o balão... como num conhecido refrão... e a imaginação infantil segue-lhe a subida, ao som das palavras da canção, embalando os seus sonhos dourados...
E o brinquedo escapado, cada vez mais alto, vai-se perdendo na distancia da altitude, vagando, com o vento que o transporta, célere...
Tal como um balão, escapando das mãos de uma inocente criança, foge de nós, às vezes, o que nos dá mais esperança...
Tal como um efémero brinquedo de um momento, a Vida, fugaz, foge inesperadamente, sem voltar atrás...
Mas os balões e risos da infancia ficam, apesar de tudo, para sempre, na lembrança!
Nely
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