“Um
cobarde não pode saber o que é a felicidade. É preciso coragem para ser feliz.”
– Armand Salacrou
A CORAGEM
DE SER FELIZ
Márcia
releu, pausadamente, o que acabara de escrever no seu diário:
“Numa
volta súbita do caminho, o Amor ressurgiu, qual um ladrão, um assaltante, com
uma face nova e inesperada... O assalto foi repentino, surpreendente e doce...
Compreendi algumas coisas, em que antes, ainda eu não havia pensado... Eis
algumas delas:
1)
–
Realmente, o Amor não tem idade!
2)
–
Nem se dobra a preconceitos...
3)
–Muita
coisa, entretanto, e com o tempo, mudou...
4)
–Há
sempre a possibilidade de amar, se tivermos o coração disponível e não nos
importarmos com experimentar formas novas de amar...(Isto, falando mais de
sentimentos, e menos de sensações físicas!)
5)
–O
Amor tanto pode ser apenas vivido na alma
- e deriva assim em amor platónico – como pode ser transposto para
expressões corporais – e aí, transforma-se em paixão! Para isso, a escolha
pode, ou não, depender de nós...
6)
Para
amar, às vezes, é preciso pagar o preço...
Não
me importo! Pagarei o que fôr preciso! Não vou renegá-lo, desta vez, nem
mandá-lo embora...
Mas
farei o que estiver ao meu alcance para expressá-lo e vivê-lo tanto quanto
puder! Sabendo que sou correspondida... Estou tão feliz!”
Satisfeita,
pôs a data, assinou, como sempre o fazia quando escrevia nesse diário seu,
íntimo. Vivendo sozinha, e sem ter com quem desabafar, havia achado nisso um
meio de aliviar algum stress e ao mesmo tempo, pôr as ideias em ordem. Fechou,
finalmente, o livrinho, que comprara havia pouco tempo, em substituição do
anterior, cujo espaço para escrever se esgotara algums dias antes.
Ficou,
por um momento, ainda, sentada, pensando em Valério, o seu amor descoberto
recentemente. Valério tinha menos dez anos do que ela. Mas ela não se importava
com a diferença de idades, nem ele tampouco! Haviam sentido o flash da paixão
súbita, logo ao conhecerem-se. Um primo dele os apresentara, um par de meses
antes, numa festa de aniversário familiar. Aos quarenta e cinco anos, Márcia,
que havia permanecido vários anos sozinha e nunca casara, após alguns namoros
inviáveis, encontrara, por fim, alguém com quem, finalmente, se identificava em
muitas coisas.
Valério
e ela haviam continuado a encontrar-se e também, nesses encontros, conversado bastante, até há poucos dias, e haviam
chegado ambos à conclusão que eram muito parecidos, na sua forma de estar na
vida. Mais que uma amizade, uma faísca repentina de paixão acendera-se entre
ambos. Não puderam e nem quiseram
ignorar esse facto. Sentiram-se tão bem juntos, no primeiro encontro, que, de
mútuo acordo, tudo fizeram para reencontrar-se, diariamente, ou falarem,
apenas, pelo telefone e até mesmo pela Internet.
Havia alguns anos que Márcia se
independentizara de sua família e vivia apenas ligada ao seu trabalho de
administrativa numa empresa de contabilidade, em Tavira. Alguns dos seus
colegas, agradados com ela, haviam tentado a sua sorte, sem conseguir mais do
que serem educadamente rejeitados. Nenhum deles, por muito cortês que fosse,
havia conseguido que lhe sucedesse o que agora lhe sucedera, em relação a
Valério...
Valério
era um rapaz interessante, sem que se lhe pudesse considerar “bonito”. A ela,
parecia-lhe óptimo, assim, tal e qual ele era: loiro, mas com uma tonalidade de
cabelo meio aruivado, olhos verdes claros, expressivos, um rosto de maxilares
bem definidos, e nariz aquilino... Não
usava barba nem bigode. Dizia não gostar disso. Sempre muito bem arranjado e
moderno, ou não fosse ele um jovem!
Esse
rapaz acumulava profissionalmente as funções de socorrista da Cruz Vermelha, e
de técnico de manutenção na própria delegação dessa instituição, em Tavira,
cidade em que viviam tanto ele como Márcia.
Conforme
Márcia se levantou da cama, onde se sentara para escrever no diário, pouco
depois de acordar, nesse seu dia de descanso, e querendo guardar o diário onde
sempre o guardara, numa gaveta de um dos móveis do seu quarto, foi interrompida
nesse seu movimento pelo toque do telemóvel. Apanhou-o de cima da mesa de
cabeceira, verificando que se tratava de uma das suas tias. Atendeu, com uma
careta de desagrado, prevendo logo o pior... Depois dos breves cumprimentos
dados com uma voz seca e ríspida pela tia, como de costume, o ataque esperado
não demorou:
-
Já soube que arranjaste um namorado!- Isto foi dito em tom de censura
inequívoca.
-
Sim, tia, é verdade!- Respondeu Márcia, convicta.
-Então,
tu não tens vergonha de dar corda a um homem tão mais novo do que tu? Um
badameco qualquer que só pensa decerto em divertir-se e aproveitar-se de ti!
-
Vergonha? Vergonha, porquê? Em primeiro lugar, não fizemos nem estamos fazendo
mal a ninguém, nem ele, nem eu! Em segundo lugar, eu não lhe dei corda nenhuma,
porque ele não se meteu comigo! Foi outra pessoa que nos apresentou um ao
outro! E em terceiro lugar, o Valério não se anda a divertir à minha custa nem
a aproveitar-se de mim, sequer! – Respondeu Márcia, já furiosa pelo ataque de
que estava a ser alvo.
-Moça!
Isso fica-te mesmo mal! Põe-te no teu lugar! Agora, com a tua idade, não
precisavas disso para nada! Ou estás assim tão faltada de ter um homem para a
cama? Deve ser isso que ele quer de ti, apenas e...
Márcia,
fora de si, interrompeu-a, gritando, já:
-
Tia, isso é a sua maneira de pensar! Não é a minha! Eu é que sei do que preciso
ou não! A vida é minha! E ninguém tem nada que ver com isso, nem sequer você! A
idade também não interessa! Eu não sou nenhuma adolescente a quem tenham que
ralhar e advertir! E o Valério também não é nenhum badameco! Você está a
ofender o rapaz sem sequer o conhecer!
-Não
queres escutar conselhos de ninguém, pois não? Esse moço não é para ti! Tem
juízo!
-Olhe,
tia, se é para estar contra mim e vir irritar-me, dispenso que me ligue, de hoje
em diante! Passe bem!- explodiu Márcia, após o que desligou o telemóvel, pondo
fim àquela conversa azeda, que a indispusera de imediato.
-Era
só o que me faltava agora! Falsos moralismos e um descaramento destes!-
Resmungou para si mesma a meia voz.- Ainda por cima, preconceitos, ideias tão
ultrapassadas! E intromissões! Quase que me estraga o dia!
De
súbito, mudou de atitude, pensando: - Não! Não vou permitir tal coisa!
Márcia
acabara, com efeito, de se lembrar do estudo que havia feito, algum tempo
antes, através de um livro de uma escritora americana, que ensinava as mulheres a mudar o seu comportamento
para com elas mesmas, e a desenvolver a sua auto-estima. Essa obra ajudara-a
imenso, e agora, essa ajuda estava já a dar o seu fruto: Aprendera a gostar
mais de si, e a dar menos importância a opiniões alheias...
Entretanto,
tocaram à porta. Márcia vestiu instantaneamente uma vaporosa e transparente espécie
de casaquinho de seda côr de rosa por cima das peças íntimas de renda da mesma côr, que tinha vestidas e com que se
deitara na véspera. E foi abrir, pois a campainha insistia. Ela correu para a
porta do apartamento, e espreitou pelo olho desta, para ver de quem se tratava,
pois não estava disposta a aturar mais gente estúpida e chata...
Era Valério, e isso fez mudar a expressão do
seu rosto, de imediato, destrancando a porta, e sorrindo radiosamente para o
rapaz.
-Olá,
querida! Como estás? - Disse Valério, olhando-a nos olhos, e sorrindo, enquanto
entrava. Quando já se encontrava dentro do apartamento, apertou, de imediato, Márcia, nos seus braços, e
beijou-a apaixonadamente. Ela correspondeu-lhe
totalmente, passando os braços em volta do pescoço do seu amado. Quando
se soltaram, ele soltou um assobio de apreciador, dizendo também:
-Sim
senhora! Maravilhosa maneira de receber um homem! Estás muito sexy, nessas
roupas íntimas! Adorei! Por detalhes como esses, da tua parte, é que estou tão
apaixonado por ti! Sabes valorizar-te e cativar-me ao mesmo tempo!
-Amor!
Estou tão feliz agora, que tu estás aqui comigo! Mas não te esperava ainda a estas horas! Bela surpresa!
-
Ia a passar aqui perto e resolvi vir ter contigo!
-
Fizeste bem! Eu estava a precisar de te ter aqui!
-
Hoje estou livre, não tenho serviço que fazer, e então, pensei: que tal aproveitarmos
o dia e ficarmos juntos? Já que hoje é Sábado... Não tens trabalho hoje, pois
não? Tens algo combinado com alguém?
-Não,
meu amor! Nada disso! Hoje é mesmo dia de descanso!
Márcia
brindou-lhe um sorriso radioso, quando ele a
voltou a apertar em seus braços, acariciando-lhe os cabelos pretos lisos
e fartos, presos num rabo de cavalo comprido e frouxo. Ele adorava tê-la nos braços enquanto olhava para aquele belo
rosto feminino, um pouco marcado, para aqueles olhos côr de avelã que riam,
fixando os seus. Outro beijo apaixonado lhes uniu de novo as bocas sedentas.
Pouco depois, entraram no quarto dela e sentaram-se sobre a cama, partilhando
carícias e beijos, até fazerem amor intensamente.
Quando
se sentiram saciados, ficaram deitados lado a lado sobre a cama em desalinho,
conversando.
-Sabes,
Valério, pouco antes de teres tocado à porta, recebi uma chamada no
telemóvel... Livra! Que saco!
-
Quem era, querida?
-Uma
das minhas tias. Chata e estúpida! Sempre com aquela mentalidade tacanha!
-Que
te queria ela?
-Quis
impingir-me o falso moralismo dela, como sempre! As notícias também correram depressa...
-Então?
-Ela
já soube de nós dois, nem sei como, e desatou a dizer que eu não tenho idade
para namorar contigo, que tivesse juízo, que tu não eras para mim... que eu não
queria ouvir os seus conselhos... como se eu precisasse disso, com a minha
idade! Safa!
A
sorrir, Valério pousou uma mão sobre o corpo feminino despido, encostado ao
seu, na cama. Acariciou aquela pele branca e suave, exposta, passeando as mãos
pelo corpo bem feito que ele adorava. E disse, de modo maroto:
-
Tens idade para ser fogosa e sexy, como és comigo, e para teres um namorado que
te adore e te valorize, como é o meu caso!
Estavam
a começar a sentir frio, e meteram-se entre as mantas. Então, prosseguiu encarando-a,
agora seriamente:
-Tens
de ser forte, meu amor! Não ligues, nem te apoquentes com essas pessoas! Nós
dois sabemos que nos amamos, que gostamos de estar juntos! É isso que conta,
não é verdade?
-Sim,
querido! É isso mesmo!
-
Estás disposta a lutar juntamente comigo, contra os preconceitos dessas
pessoas?
-Claro
que sim! O nosso amor dá-me muita força!
-
A mim também!
-Vamos
unir esforços!
-Sim!
Precisas de ser mesmo forte e corajosa!
-Bem
sei! Podes crer que eu não vou desistir de nós! Já não saberia viver sem ti!
Sem o nosso amor!
-Nem
eu sem ti, Márcia! Amo-te!
-Adoro-te,
Valério!
O
tempo ia passando, e o cerco de críticas e desaprovação ao amor que eles
sentiam, à relação existente entre eles ia-se apertanto, densificando. Não era
só Márcia que estava a ser criticada, e contestada de vários lados. Familiares
e amigos de Valério também não se privavam de falar mal de Márcia a ele. E de
querer retirar-lhe a sua amizade. Tudo tentavam, para o fazer desistir de
Márcia. Já se relacionavam com muito poucos, de entre todos os que antes, quer
amigos quer familiares, se davam com ambos.
Diariamente,
Márcia continuava a escrever no seu diário e a rever os apontamentos vários, dos livros de
auto-ajuda que lera antes e de outros que lia agora, e dos quais anotava ainda
tudo o que achava mais relevante. De vários testemunhos que também lera,
chegara à conclusão que não era a única, nem a primeira a ter tais lutas
sociológicas, mas que poderia triunfar. Tinha Valério a ajudá-la, e isso para
ela era maravilhoso, tendo também em conta que ele próprio estava a ser
atacado, e a ter de lutar em condições muito semelhantes às suas!
De
lágrimas nos olhos, muitas vezes, Márcia desabafava de viva voz com o seu
amado, e ele consolava-a o melhor que
podia. Como Márcia vivia sozinha e Valério com a sua família, ele era atacado
mais directamente, e mais assiduamente pelos da sua casa. Estes lhe faziam já a
vida negra, com as críticas e implicâncias agora diárias a que o sujeitavam sem
dó, e de má cara. O ambiente familiar estava a ser insuportável para o rapaz.
Até ao dia em que, saturado, saiu decididamente e definitivamente de casa, indo
juntar-se a Márcia, após os diversos convites insistentes dela própria para que
o fizesse. Foi ter com ela, para viverem a dois no seu pequeno apartamento da
periferia da cidade.
Depois
de um momento de respirar fundo e descansar um pouco, sentado no sofá da
pequena sala, onde um bom gosto evidente, da parte de Márcia, havia conferido
àquele espaço uma boa nota de conforto, Valério desabafou, por sua vez, como já
o vinha fazendo também ele, mas desta vez, já aliviado:
-Querida,
eu já não aguentava mais! Nunca pensei que as pessoas fossem tão
preconceituosas, em pleno século vinte e um! Arre! Ainda bem que pude vir viver
contigo! Obrigado por me quereres a teu lado, meu amor! É tão bom estarmos
juntos e tão unidos!
-Queriam
separar-nos, não era? Pois, com tudo o que fizeram e disseram, só conseguiram
que ficássemos mais unidos do que nunca, querido!- Respondeu ela, que, estando
sentada ao lado dele, ergueu-se para sentar-se no colo dele, abraçando-o,
acariciando-lhe o rosto e os cabelos louros.
Depois,
ergueu-se, dizendo:
-Vou
pôr um pouco de música para nós dois! Vais ver como vamos ficar bem!
E
dirigiu-se ao pequeno leitor de CD’s que ali estava, perto da televisão. Procurou
rapidamente um CD que logo pôs a tocar, e voltou a sentar-se no colo de
Valério, beijando-o, enquanto a música começava a soar. A voz inconfundível de
Julio Iglesias fazia-se agora ouvir, naquele espaço, onde só eles podiam
disfrutar e compreender a mensagem adequada e escolhida com critério por
Márcia, que já a escutara antes, inúmeras vezes: “ Amantes, oh, oh, oh,
amantes... para la gente somos solo amantes, por vivir juntos, sin estar casados,
por no cerrar la vida en un contrato..” , “amantes, con el coraje de ir siempre
adelante, vivir la vida entera a cada instante, sin importar lo que murmurén y
y hablén”...
-De
facto, esta música é o retrato musical daquilo que nós estamos a passar, a viver!-
disse Valério, apertanto Márcia em seus braços e cantando depois, em uníssono
com a voz do cantor: “Amante, me gusta ser tu amante”... E interrompeu-se para
beijar a sua namorada, agora assumida como companheira e amante, e apertá-la ainda em seus braços, com uma
doçura de quem tinha a firme certeza do que sentia por ela, do que queria viver
ao lado dela.
E
concluiu, olhando-a docemente nos olhos:
-É
isso mesmo: amantes! E, como diz o
ditado: “Quem não quer couve, prato cheio!” Adoro ser teu amante, sabias? Não
com a conotação de desprezo com que essa gente o diz, mas no verdadeiro sentido
do termo: amante, segundo o dicionário, é aquele ou aquela que ama outra pessoa!
Tem um significado maravilhoso! Pelo menos para aqueles que se amam realmente,
tal como nós! É doce poder dizer-te “amo-te!”, e chamar-te “minha amante”! É
grandioso!
Os
olhos chamejantes de paixão de ambos não paravam de se fitar.
Márcia
disse, após outro beijo apaixonado:
-
Nem mais, meu amor! Eu também adoro ser tua amante! Eles vão aprender connosco
o que é o verdadeiro amor, vão ver o quanto têm estado enganados, a nosso
respeito, e vão saber, duma vez por todas, que este nosso amor não tem
barreiras, e que quando se ama de verdade, não há lugar para os preconceitos e
os tabus, numa relação!
-Que
passem bem sem nós, já que se afastaram, e nos puseram de lado! Também não
precisamos deles para nada!
-
Como dizia a minha querida avó, e que em paz descanse: “Quanto menos vulto,
melhor claridade!”
-Mesmo!-
Respondeu Valério, ainda a rir.- Anda daí, miúda! – E levantou-se. -Vamos
jantar fora, para comemorar! Hoje convido eu! Vai pôr-te chique, porque linda
já tu és! Vá! E eu também vou trocar de roupa, para não fazer má figura ao lado
da minha linda estrela!
-
És um querido! E também és um autêntico borracho! É para já! E ai daquela que
te cobiçar! Sou ciumenta e possessiva, quando é preciso! –Exclamou ela, feliz.
-Isso
mesmo! Eu não penso e nem preciso olhar para mais nenhuma rapariga, senão para
ti! E os que te cobiçarem saberão também
que tu és só minha!
Nessa
noite, foram a um pequeno restaurante do centro da cidade. Deslocaram-se no
carro dele. O jantar, num canto discreto do restaurante, decorreu
agradavelmente, num ambiente calmo e intimista.
Enquanto
ali estavam, passou na televisão, que estava acesa ali perto, a música do
genérico de uma novela que todas as tardes dava num dos canais portugueses.
Eles não viam, nesse momento, a televisão, que não estava ao alcance do seu
ângulo de visão naquele lugar, mas a bela voz feminina de Isabel Campelo, que
era quem cantava essa canção, era melodiosa, e conseguiam ouvi-la
perfeitamente: “Nunca digas adeus... nunca digas adeus.. vais provar o sabor da
paixão... Nunca digas adeus, nunca digas adeus e o amor sairá da prisão”...
Márcia,
sorrindo para o seu companheiro, ao escutá-la, disse-lhe:
-A
história das personagens principais desta novela é parecida com a nossa! Esta
canção é linda! É praticamente a nossa canção, apesar de que a outra, do Julio
também se adecua a nós!
-Tens
razão! Temos de descobrir quem a canta e procurar o CD para nós dois!
-
Boa ideia! Não sei bem quem a canta, mas em casa, vamos fazer uma pequena
pesquisa, na Internet, que é fácil, porque isto é a música da novela...
-Para
isso, podes contar comigo! Já sabes quem é o Às do teclado! –Disse Valério, a
piscar um olho.
-Sim!
É uma das tuas diversas habilidades! Adoro-te!
-E
eu a ti! Por ti, faço tudo!
-Fazemos
uma bela dupla!
-Pois
fazemos! Somos cúmplices!
A
rir, ergueram ambos os copos onde luzia um apetecível vinho rosé, cor de romã,
cristalino, e brindaram:
-A
nós dois! À nossa saúde!
-Sim!
E à nossa paixão!
E
depois, ambos:- Tchim, tchim! Ah!Ah! Ah!
E
os outros, os que os desaprovavam... que fossem “dar uma curva ao bilhar
grande!”
Eles
estavam juntos, felizes, e iam permanecer assim.
FIM
Nely,
Outubro 2017
( Do meu livro de contos "Novo Rumo")
Sem comentários:
Enviar um comentário